sábado, 29 de dezembro de 2007

Fundação lança livro sobre sessenta anos do PSB

O livro tem 150 páginas com registro da trajetória do PSB nesses sessenta anos de existência
A Fundação João Mangabeira (FJM) lançou na última sexta-feira (31) o livro "Semeando Socialismo", de autoria da historiadora Margarida Vieira, como parte da programação da Jornada Socialista 40 – no aniversário de sessenta anos do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

A autora do livro, Margarida Vieira acredita que esse livro é a indicação para os brasileiros de que é possível um partido voltado para a mudança social, fiel aos seus princípios durante sessenta anos e sempre se atualizando as necessidades reais da política e da história.

O livro tem 150 páginas com registro, também de fotos e documentos, da trajetória do PSB nesses sessenta anos de existência. Em oito capítulos, o leitor conhece, não só a história da sigla socialista, como também, uma boa parte da história política do Brasil.

"Esperamos que esse livro seja bastante útil para a nossa militância e filiados. Sabemos que seu conteúdo poderá contribuir na formação de todos os segmentos que fazem o Partido", ressaltou o presidente da FJM, Carlos Siqueira.

No primeiro capítulo (1947-1965), "O Partido Semente", é feita uma síntese do período de formação da sigla. Já no segundo (1985 – 1989), é possível conhecer a trajetória da sua refundação e a conquista do registro definitivo. O terceiro capítulo (1990 – 2007), mostra a consolidação do PSB na sociedade, no Legislativo e no Executivo, e o alcance da "cláusula de barreira".

Os demais capítulos de "Semeando Socialismo" mostram as experiências socialistas nas administrações municipais e estaduais, a atuação dos representantes do PSB na Câmara dos Deputados, no Senado, e nos ministérios do Governo Federal. Também é possível aprender sobre as atividades de debate e formação política da FJM e a atuação dos segmentos socialistas organizados na sociedade como: jovens, mulheres, negros e sindicalistas.

Projeto ratifica fundo para ciência e tecnologia

A Câmara analisa o Projeto de Lei Complementar 29/07, do deputado Dr. Ubiali (PSB-DF), que ratifica o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O objetivo é assegurar recursos para a realização de pesquisas na área de inovação e desenvolvimento científico-tecnológico de forma continuada.

Na prática, o projeto ratifica os efeitos legais do fundo e reforça as garantias para a manutenção das verbas. De acordo com o projeto, uma das prioridades do fundo será a formação de recursos humanos para pesquisa nas áreas nuclear, espacial, marítima, energética, telecomunicações, transporte, industrial, alimentação, nutrição e saúde.

O deputado lembra que a ciência e a tecnologia servem de base para o desenvolvimento econômico e social, a curto e longo prazos. Entretanto, "tradicionalmente, a ciência brasileira tem sofrido com a falta e a descontinuidade de recursos", lamenta o parlamentar. Ele argumenta que o fundo "vai combinar a garantia de uma expectativa contínua de apoio financeiro para as atividades de pesquisa de alto nível com a exigência de padrões de qualidade como condição de sua participação".

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Ciro defende transposição em carta a Letícia Sabatella

"Letícia, ando meio quieto por estes tempos, mas, ao ver você visitando o bispo em greve de fome no interior da Bahia, pensei que você deveria considerar algumas informações e reflexões. Poderia começar lhe falando de República, democracia, personalismo, messianismo…

Mas, sendo você a pessoa especial que é, desnecessário. O projeto de integração de bacias do Rio São Francisco aos rios secos do Nordeste setentrional atingiu, depois de muitos debates e alguns aperfeiçoamentos, uma forma em que é possível afirmar que, ao beneficiar 12 milhões de pessoas da região mais pobre do país, não prejudicará rigorosamente nenhuma pessoa, qualquer que seja o ponto de vista que se queira considerar.

Séria e bem intencionada como você é, Letícia, além de grande artista, peço lhe paciência para ler os seguintes números: o Rio São Francisco tem uma vazão média de 3.850 metros cúbicos por SEGUNDO (!) e sua vazão mínima é de 1.850 metros cúbicos por SEGUNDO (!). Isto mesmo, a cada segundo de relógio, o Rio despeja no mar este imenso volume de água.

O projeto de integração de bacia, equivocadamente chamado de transposição, pretende retirar do Rio no máximo 63 metros cúbicos por segundo.Na verdade, só se retirará este volume se o rio estiver botando uma cheia, o que acontece numa média de cada cinco anos. Este pequeno volume é suficiente para garantia do abastecimento humano de 12 milhões de pessoas.

O rio tem sido agredido há 500 anos.Só agora começou o programa de sua revitalização, e é o único rio brasileiro com um programa como este graças ao pacto político necessário para viabilizar o projeto de integração.No semi-árido do Nordeste setentrional, onde fui criado, a disponibilidade segura de água hoje é de apenas cerca de 550 metros cúbicos por pessoa, por ANO (!). E a sustentabilidade da vida humana pelos padrões da ONU é de que cada ser humano precisa de, no mínimo, 1.500 metros cúbicos de água por ano. Nosso povo lá, portanto, dispõe de apenas um terço da quantidade de água mínima necessária para sobreviver.

Não por acaso, creia, Letícia, é nesta região o endereço de origem de milhões de famílias partidas pela migração. Converse com os garçons, serventes de pedreiros ou com a maioria dos favelados do Rio e de São Paulo. Eles lhe darão testemunhos muito mais comoventes que o meu.Tudo que estou lhe dizendo foi apurado em 4 anos de debates populares e discussões técnicas. Só na CNBB fui duas vezes debater o projeto. Apesar de convidado especialmente, o bispo Cappio não foi. Noutro debate por ele solicitado, depois da primeira greve de fome, no palácio do Planalto, ele também não foi. E, numa audiência com o presidente Lula, ele foi, mas disse ao presidente, depois de eu ter apresentado o projeto por mais de uma hora (ele calado o tempo inteiro), que não estava interessado em discutir o projeto, mas “um plano completo para o semi-árido”.

As coisas em relação a este assunto estão assim: muitos milhões de pessoas no semi-árido (vá lá ver agora o auge da estiagem) desejam ardorosamente este projeto,esperam por ele há séculos. Alguns poucos milhões concentrados nos estados ribeirinhos ao Rio não o querem. A maioria de muitos milhões de brasileiros fora da região está entre a perplexidade e a desinformação pura e simples. Como se deve proceder numa democracia republicana num caso como este? O conflito de interesses é inerente a uma sociedade tão brutalmente desigual quanto a nossa. Só o amor aos ritos democráticos, a compaixão genuína para entender e respeitar as demandas de todos e procurar equacioná-las com inteligência, respeito, tolerância, diálogo e respeito às instituições coletivas nos salvarão da selvageria que já é grande demais entre nós.Por mais nobres que sejam seus motivos — e são, no mínimo, equivocados —, o bispo Cappio não tem direito de fazer a Nação de refém de sua ameaça de suicídio. Qualquer vida é preciosa demais para ser usada como termo autoritário, personalista e messiânico de constrangimento à República e a suas legítimas instituições.Proponho a você, se posso, Letícia: vá ao bispo Cappio, rogue a ele que suspenda seu ato unilateral e que venha, ou mande aquele que lhe aconselha no assunto, fazer um debate num local público do Rio ou de São Paulo.Imagine se um bispo a favor do projeto resolver entrar em greve de fome exigindo a pronta realização do projeto.Quem nós escolheríamos para morrer? Isto evidencia a necessidade urgente deste debate fraterno e respeitoso.

Manda um abraço para os extraordinários e queridos Osmar Prado e Wagner Moura e, por favor, partilhe com eles esta cartinha. Patrícia tem meus telefones.Um beijo fraterno do Ciro Gomes

(*) Ciro Gomes – Deputado federal do PSB-CE
Fonte: Jornal O Globo

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Governadores do PSB estão entre os quatro mais bem avaliados do país, segundo Datafolha

Pesquisa feita pelo instituto Datafolha e publicada no jornal "Folha de S.Paulo" apontou os governadores do PSB, Cid Gomes, do Ceará, e Eduardo Campos, de Pernambuco, entre os quatro mais bem avaliados do país.

A pesquisa foi elaborada a partir de entrevistas com 11.050 moradores maiores de 16 anos de idade de nove estados brasileiros e o Distrito Federal e leva em consideração a nota média atribuída aos governadores, de zero a dez.

De acordo com o levantamento do instituto, Aécio Neves (PSDB), de Minas Gerais, foi o governador mais bem avaliado, com nota de 7,7. Cid Gomes (PSB) foi medido no Ceará e ficou com média 6,6. O tucano José Serra, de São Paulo, ficou em terceiro, com 6,5. O quarto colocado foi o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. O socialista teve nota 6,4. Roberto Requião (PMDB), do Paraná, com 6,3. O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, também do PMDB, com 6,1 e Jaques Wagner do PT da Bahia, com nota 6. O governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), recebeu nota 5,9 e foi o oitavo colocado. O nono foi José Roberto Arruda (DEM), do Distrito Federal, que obteve 5,3. Yeda Crusius (PSDB), do Rio Grande do Sul, foi a única com nota abaixo de 5: ela conseguiu 4,2.

CORREIO BRASILIENSE: Ciro Gomes está no topo da elite parlamentar

Matéria do jornal Correio Braziliense destaca cruzamento de pesquisas realizadas por dois conceituados institutos na área de atuação parlamentar e demonstra os mais votados no conjunto desses estudos.

No topo da lista aparece o deputado federal Ciro Gomes (PSB/CE). O líder do PSB na Câmara dos Deputados Márcio França (PSB/SP) também é destaque, ocupando o 10º lugar. O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT/SP), o Paulinho da Força, integrante do bloco parlamentar liderado pelo PSB ficou na 6ª posição.

Na matéria foram cruzados dados dos estudos "Os cabeças dos Congresso", do Diap, Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar e "Elite Parlamentar" da Arko Advice.

Ciro Gomes já foi candidato a presidente e exerceu a função de Ministro da Integração Nacional, no Governo Lula.

Presidente lamenta rejeição da CPMF, mas diz que respeita decisão do Congresso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (27), em pronunciamento à nação, que lamenta a rejeição, pelo Senado, da emenda que prorrogava até 2011 a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mas que respeita a decisão do Congresso Nacional.

"Infelizmente, esse processo foi truncado com a derrubada da CPMF, responsável em boa medida pelos investimentos na saúde. Como democrata, respeito a decisão tomada pelo Congresso. E estou convencido de que o governo, o Congresso e a sociedade, juntos, encontrarão uma solução para o problema", afirmou. O processo ao qual o presidente se refere inclui as ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) previstas para a área de saúde, mais conhecido como PAC da Saúde.

O programa prevê, entre outras ações, o oferecimento de consultas médicas, inclusive com oftalmologistas, e dentárias a todas as crianças matriculadas em escolas da rede pública de ensino. "Na saúde, no começo de dezembro, lançamos o PAC, que destinaria, até 2010, mais R$ 24 bilhões para o setor. Entre outras coisas, todas as crianças das escolas públicas passariam a ter consultas médicas regulares, inclusive com dentistas e oculistas", explicou.

Na área de educação, Lula destacou a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). De acordo com o presidente, até 2010, serão aplicados R$ 12 bilhões a mais nos ensinos médio e fundamental, reforçando os salários dos professores e equipando as escolas.

No pronunciamento, o presidente destacou ainda que serão abertas mais dez universidades no interior do país, além de mais 48 extensões universitárias e 214 escolas técnicas.

O presidente também anunciou que, no próximo ano, o óleo diesel usado como combustível terá acréscimo de 2% de biodiesel. "A partir do dia 1º de janeiro, daremos um novo passo, adicionando 2% de biodiesel a todo o óleo diesel consumido no País. Nossa matriz energética é, e continuará sendo, uma das mais limpas do mundo", disse ele.

Ainda sobre o PAC, Lula destacou que o investimento previsto para os próximos anos é de R$ 504 bilhões em rodovias, ferrovias, hidrovias, energia, portos e aeroportos, habitação, água potável e saneamento básico. Lula também chamou atenção para o fato de que, nos últimos cinco anos, 20 milhões de pessoas deixaram as classes D e E e passaram para a classe C. "Apenas nos últimos 17 meses, 14 milhões de brasileiros ingressaram nesta nova classe média, cada vez mais ativa e numerosa. Ou seja, finalmente, estamos criando um amplo mercado de massas", afirmou.

No final do pronunciamento, Lula disse que se sente o mais satisfeito e, ao mesmo tempo, o mais insatisfeito dos brasileiros, porque, apesar de o governo já ter feito muito, "ainda é pouco diante da nossa dívida social". O presidente desejou ainda um feliz 2008 para todos os brasileiros.

Eduardo Campos diz que cumpriu compromissos

O governador de Pernambuco e presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Eduardo Campos, reuniu secretários e funcionários com cargos comissionados e funções gratificadas para fazer uma grande prestação de contas das ações realizadas pelo Governo durante o primeiro ano de gestão.

O governador cobrou o empenho de todos no cumprimento das metas estabelecidas e disse que não "mudou de conversa" depois de eleito. "Vamos continuar trabalhando com a mesma garra que estamos demonstrando desde o dia 1º de janeiro até o dia 31 de dezembro de 2010. Ser governador neste momento é uma grande oportunidade histórica que Pernambuco me deu. Não podemos vacilar um só segundo porque o povo está cansado de esperar", afirmou Eduardo.
Um vídeo mostrou as ações propostas na campanha eleitoral e as respectivas soluções apresentadas pelo Governo com base em manchetes de jornais.

A construção dos três hospitais metropolitanos, a reforma e criação de novas escolas técnicas, a redução do imposto na luz para os mais pobres, a duplicação da BR-104, entre outras, são algumas das promessas que já estão saindo do papel e sendo cumpridas, segundo ele.
"Fecho o ano de 2007 em dia com todos os meus compromissos. E garanto que 2008 será um ano muito melhor que este", disse o Governador.

Assassinato de Bhutto preocupa governo brasileiro

O assessor de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse que o governo brasileiro viu com pesar e preocupação a morte da ex-primeira-ministra do Paquistão, Benazir Bhutto. "Estive com o presidente e ele está muito chocado. Evidentemente temos preocupação de que a situação no Paquistão não se deteriores. É uma zona nevrálgica do mundo hoje".

A líder oposicionista paquistanesa morreu hoje, vítima de um atentado suicida, durante um comício na cidade de Rawalpindi. Ela foi atingida por tiros, no pescoço e no peito, e morreu no hospital. O atentado deixou pelo menos mais 20 mortos.

Segundo Marco Aurélio Garcia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou chocado com o fato. Ele disse que conversou com o presidente e o ministro interino das Relações Exteriores, Samuel Guimarães, que prepara uma nota oficial.

Fonte: Agência Brasil

Bogotá autoriza Venezuela a negociar com as Farc

O governo colombiano autorizou ontem (26) à tarde a proposta feita horas antes pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, para realizar uma grande operação aérea de resgate de três seqüestrados pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). O assessor internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, participará como observador da missão, que deverá ser realizada amanhã.

A proposta, batizada de "operação transparência" por Chávez, foi apresentada pela manhã em entrevista coletiva no Palácio Miraflores, em Caracas. Ao mesmo tempo, o vice-chanceler venezuelano Rodolfo Sanz entregava em Bogotá um documento com a solicitação. "Só falta a autorização do governo da Colômbia", disse Chávez, no início da entrevista a jornalistas estrangeiros, que contou com representantes diplomáticos de Brasil, França, Cuba e Bolívia. No início da tarde, o chanceler colombiano, Fernando Araújo, deu o aval à proposta de Chávez, em carta dirigida ao colega venezuelano, Nicolás Maduro. "O governo da Colômbia autoriza a missão humanitária nos termos de sua carta e delega como seu representante o doutor [comissário para a Paz] Luis Carlos Restrepo".

O plano de Chávez -acordado com as Farc- consiste em enviar uma frota de aviões e helicópteros venezuelanos até Villavicencio, cerca de 100 km ao sul de Bogotá. Dali, uma aeronave voaria a um local secreto indicado pela guerrilha para buscar os reféns. Então, a assessora da ex-candidata à Presidência Ingrid Betancourt, Clara Rojas, seu filho Emmanuel e a ex-deputada Consuelo González de Perdomo seriam levados à Venezuela.

Paquistão: ataque mata ex-premiê Benazir Bhutto

A líder oposicionista paquistanesa Benazir Bhutto morreu hoje após um ataque suicida durante um comício na cidade de Rawalpindi. Além de Bhutto, outras 25 pessoas teriam morrido na explosão, nos subúrbios da capital do país, Islamabad.
"Foi um atentado. Não sabemos ainda o número certo de vítimas. O suicida se explodiu quando as pessoas estavam se dispersando depois da manifestação de Bhutto", afirmou o porta-voz do ministro, Javad Iqbal Cheema.

Um segurança do partido de Buttho informou que ela foi atingida por tiros no pescoço e no peito. Depois, o atirador teria acionado um explosivo. "Ela foi martirizada", chegou a dizer o representante partidário Rehman Malik.

No momento em que a morte de Buttho foi confirmada, partidários que aguardavam em frente ao hospital gritavam "cachorro". Alguns quebraram a porta de vidro da unidade de emergência, enquanto outros começaram a chorar.

Trajetória
Bhutto foi duas vezes primeira-ministra do Paquistão. Aos 35 anos, ela foi a primeira mulher e a mais nova a ocupar um cargo de chefia no Estado mulçumano moderno. Benazir nasceu em 21 de junho de 1953, em Karachi. Benazir se tornou chefe do governo do Paquistão após assumir o cargo político de seu pai, Zulfikar Ali Bhutto. Ele foi primeiro-ministro na década de 1970 e foi executado pelo ditador general Zia ul Haq. Premiê em 1988 e 1993, Benazir acabou deixando o Paquistão anos depois em meio a

Câmara prioriza projetos do executivo

No primeiro ano do segundo mandato do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Palácio do Planalto aumentou sua influência no Poder Legislativo, pelo menos no que diz respeito às propostas analisadas em plenário pela Câmara dos Deputados. Mais da metade dos projetos analisados pelos parlamentares saíram do Executivo.
Das 143 propostas analisadas pelos parlamentares, 73 (51%) tiveram como origem o Executivo. Em contrapartida, apenas 10 (7%) foram sugeridas por deputados e outras 9 vieram do Senado.


Dos 73 projetos apresentados pelo governo federal, 61 foram MPs (Medidas Provisórias), mecanismo que tem força de lei, mas precisa ser aprovado pelo Congresso em, no máximo, 120 dias para não expirar. Se nos primeiros 45 dias, a MP não for analisada em plenário, ela tranca a pauta da Câmara ou do Senado e impede que outros projetos sejam votados.
Em 2003, Lula enviou para o Congresso 53 MPs, contra 89, em 2004, 38, em 2005 e 60, em 2006. Em dezembro deste ano, nenhuma votação foi feita no plenário da Câmara. Seis medidas provisórias e três projetos de lei com regime de urgência trancam a pauta.


Depois de passar pela Câmara, as MPs também são analisadas pelos senadores em regime de urgência. Ao todo, os dias de obstrução no plenário da Câmara chegaram a 105, três meses e meio de paralisia no plenário.

Salários, mais verbas e segurança

Entre os temas votados pelos deputados em 2007, também estão incluídas duas propostas da CPI da Exploração Sexual, que foi concluída em 2004, como, por exemplo, a tipificação da pedofilia como crime no Estatuto da Criança e do Adolescente.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Renato Casagrande: “Lula descarta aumento de impostos, mas exige cortes de gastos”

A derrubada da CPMF provocou a redução de R$ 40 bilhões nas contas governamentais. O senador Renato Casagrande (ES) esteve em reunião com o presidente Lula e afirmou que “o presidente mostrou-se satisfeito com o desempenho do país em vários setores e comemorou resultados positivos do governo”. Segundo ele, Lula descartou qualquer iniciativa de aumento de impostos ou lançamento de pacotes para compensar a perda da CPMF. “A idéia é cortar gastos para garantir o equilíbrio das contas públicas”, informou.

Nesta entrevista, concedida com exclusividade ao Portal PSB, Casagrande também comenta o relacionamento do governo com o Congresso e revela que o clima no Senado está favorável à aprovação da Desvinculação das Receitas da União (DRU). Confira!

Portal PSB: Quais foram os assuntos mais relevantes, neste jantar do presidente Lula com os líderes da base?

Renato Casagrande: Foi uma confraternização. O presidente mostrou-se satisfeito com o desempenho do país em vários setores e comemorou resultados positivos do governo, como a inclusão de mais de 20 milhões de brasileiros das classes ‘D’ e ‘E’ na classe ‘C’. Lula estava muito alegre com as previsões de investimentos das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O presidente também se disse satisfeito com as conquistas que estão solidificando o Mercosul, como o apoio do Uruguai, e aproveitou para – mais uma vez – defender a entrada da Venezuela no bloco.

Portal PSB: O governo tem anunciado que, para compensar o fim da CPMF não pretende aumentar impostos, e sim cortar gastos e planejar as despesas para 2008. O que há de verdade nisso?

Casagrande: Esse foi outro ponto discutido no jantar. Lula está convicto de que o seu governo deve ser diferente de governos anteriores inclusive nisso. Ele não quer governar com pacotes e medidas de sobressalto. Por isso, aproveitou a reunião para anunciar que quer compensar os 40 bilhões de reais da CPMF com ajustes naturais, sem aumento de impostos.
Portal PSB: Qual é a opinião do PSB quanto a isso?Casagrande: Nós concordamos inteiramente com o presidente quando ele diz que não pode haver aumento de imposto. O PSB é favorável a uma reforma tributária o mais rápido possível, para que o governo não fique refém de medidas como a CPMF. A redução de despesas no orçamento deve seguir um curso natural, dentro de um conjunto de ações de adequação orçamentária.

Portal PSB: O sr. acha que o governo pode retaliar o Congresso, com corte de emendas parlamentares, por causa da rejeição da CPMF no Senado?

Casagrande: Eu não diria retaliar o Congresso... Mas com certeza deve ocorrer corte de emendas parlamentares, como sempre ocorreu em todos os governos. Há necessidade de reduzir gastos, para compensar a perda dos recursos que eram garantidos na arrecadação da CPMF, e essa redução não pode passar pelos investimentos sociais, como saúde, educação, bolsa-família e obras do PAC, por exemplo.

Portal PSB: O sr. acha que o clima está favorável para o Senado aprovar a prorrogação da DRU hoje?

Casagrande: Com certeza.

Portal PSB: Na sua avaliação, como deve ser o relacionamento do governo com o Congresso, daqui por diante?

Casagrande: Eu vejo que a estratégia deve se basear na reunificação da base aliada e no diálogo com a oposição. No caso específico do Senado Federal, o episódio da CPMF mostrou que o governo terá que aprender a dialogar mais com as forças políticas, tanto da base quanto da oposição.

Emendas ao orçamento de 2008 vão beneficiar baianos

A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) distribuiu as 24 emendas individuais ao orçamento de 2008, no valor total de R$ 8 milhões, para as áreas da educação, saúde, cultura, turismo, esporte, ciência e tecnologia, meio-ambiente, saneamento, mulheres e negros que vão beneficiar tanto os municípios como os cidadãos baianos.

O grupo afro Olodum que vem realizando relevante trabalho de inclusão social no estado terá seu orçamento reforçado com emenda no valor de R$ 200 mil para a implantação do Centro de Documentação e Memória do Olodum. A reestruturação do Centro de Informática e da biblioteca Abdias do Nascimento também serão beneficiadas com os recursos.

Na área da Justiça, Lídice encaminhou emenda ao orçamento/2008, no valor de R$ 50 mil, visando a implantação dos "balcões de direitos" que vão dar orientação jurídica gratuita e promover a mediação de conflitos, além de informações em direitos humanos.

Fonte: Site Oficial da Deputada Federal Lídice da Mata
http://www.lidice.com.br/

Dados do IBGE mostram um Brasil cada vez melhor

O Brasil tem motivos para comemorar. Embora ainda haja muito que fazer, em matéria de segurança, educação, saúde, geração de emprego e outras áreas, os brasileiros foram presenteados neste final de ano com uma série de boas notícias. A mais recente delas é a avaliação positiva do Banco Mundial, onde o país aparece em 6º lugar, entre as maiores economias do planeta. Outra novidade, para quem não acompanha economia, diz respeito à inclusão de mais de 20 milhões de pessoas emergiram das classes “D” e “E” para a classe “C”.

Não é, portanto, sem razão objetiva que 4/5 da sociedade brasileira "percebe" o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ótimo, bom ou regular. Além de inteligência, o ex-metalúrgico e sindicalista demonstra grande capacidade de negociação política e – claro – muita sorte. Em 2003 – primeiro ano do primeiro mandato Lula – por exemplo, a expansão do mundo (o efeito China e outros) alcançou o Brasil. De 2001 a 2002 – último ano do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso –, o valor das exportações havia crescido apenas 3,8%. De 2002 a 2003, a taxa subiu para 21% e, depois, repetiu o mesmo crescimento até 2007. As exportações passaram de US$ 70,4 bilhões para US$ 159 bilhões – algo impensável durante a “Era FHC”.

São diversos os números positivos, principalmente se comparados aos oito anos de mandatos tucanos. Em dezembro de 2002, FHC deixou a inflação em cerca de 30% ao ano; crescimento de 2,7%; déficit em conta corrente de US$ 186 bilhões acumulado entre 1995/2002 e dívida externa igual a 3,8 anos de exportações. Entre 1995 e 2002, estas haviam crescido à pequena taxa de 3,8% ao ano, enquanto a dívida externa de médio e longo prazo se acumulava à taxa de 6,6% ao ano. Portanto, o país foi entregue a Lula praticamente falido: a dinâmica do endividamento externo era incapaz de ser sustentada pela dinâmica das exportações.

O ponto fundamental que a oposição evita tocar é que, nos anos de 1998 e de 2002, o Brasil quebrou duas vezes, sendo obrigado a socorrer-se ao FMI, e que – sem a ajuda da expansão mundial de 2003 – teria quebrado novamente e mais depressa, por causa da insustentável vulnerabilidade externa.